Deram-me uma boa ideia... um relógio em contagem decrescente até ao último dia de tortura jurídica. Mas tenho medo que dê azar. Até arranjei o relógiozinho... olhei para ele e faltavam 297 dias, 00 horas e 10 minutos. Os segundos que, segundo a segundo, iam decrescendo arrepiaram-me. Para quê ansiar tanto pelo momento, quando o que o futuro nos reserva pode não ser o que reservámos para nós?
Só os loucos se aventuram? Que espírito podemos ter quando nos entregamos voluntariamente à forca? Dizem que em tempos houve alguém que se entregou voluntariamente para remissão dos pecados dos outros. E eu, que até nem sou católica, lá tentei também, qual salvadora de mim mesma (leia-se, da minha média) entregar-me voluntariamente para remissão dos meus pecados (leia-se, das minhas notas). Mas que espírito podemos ter quando a derrota é certa? Que vontade nos impele quando sabemos que a batalha será inglória?
Porque haveria eu de me meter numa coisa destas? Two gone, six to go e as duas que já estão, por minha culpa, minha tão grande culpa, lá se mantiveram plácidas, sem alterações.
As próximas seis que venham, ao menos visto fato nesses dias.