O vento é como tu...
Passa depressa sem deixar rasto,
Sopra com força, leva-nos longe e... larga-nos.
Deixa-nos cair, algures no deserto...
Vai para longe mas continua tão perto.
Não! Afinal não és como o vento!
Porque o vento sopra e vai-se embora.
Tu chegaste e roubaste a minha calma,
Deixaste um furacão na minha alma.
(Fevereiro de 2002)
Admito. Agora, como daquela única vez. Sim, admito. Tenho medo desse furacão que pode tomar tudo o que sou. Tenho medo, mas quanto mais medo tenho mais me parece perfeito. Quanto mais não quero, mais não posso evitar. E o pior? O pior não é essa brisa que sinto transforma-se em tempestade. O pior é vê-la a transformar-se sem pedir nada, sem esperar, sem querer. É pensar em ti, em ti, e em ti a cada dia que passa. Só por seres tu. Tu e nada mais.
Medo. Medo porque há tanto para correr mal. Medo porque talvez corresse bem. Medo por seres tu. Medo por não compreender porquê. Medo porque já percebi que começas a roubar a minha calma. Medo que me deixes um furacão na alma.