Vejo o tempo a passar e tenho medo. Pareço ter uma doença mortal que me consome de dia para dia. Simplesmente porque tenho medo de errar. O que tanto ansiei aproxima-se a passos largos e o medo de falhar é grande demais. Vejo o meu objectivo tão próximo agora, que me parece ainda mais distante. Uma palavra errada bastará para falhar.
A franja cortada à pressão incomoda-me e o tom de pele corado pelo sol transmite uma mensagem que não quero mostrar. O medo quase sufoca. Estou nesta encruzilhada e o passo em frente que inevitavelmente darei poderá conduzir ao paraíso ou ao abismo sem fim. É como atravessar um rio. As minhas hipóteses resumem-se a chegar à outra margem e continuar o caminho ou deixar-me perder na corrente.
Não sei como chegar à outra margem.
Só posso deixar-me levar e esperar chegar a bom porto.