É tarde. E nada de actual se presta a comentar. Nem mesmo as mais recentes notícias sobre o popular "selo do carro" merecem contemplação... a sua ideia precisa de amadurecer. Nem bem, nem mal. Mas chegam-me à memória pensamentos virtuais...
Com o choque tecnológico, alguém se devia lembrar de ensinar todos os membros do governo a jogar SimCity! E SimCity porquê? Ora, é fácil compreender... não são os terroristas que aprendem a conduzir aviões contra edifícios nos jogos de simulação? Também os nossos governantes aprenderiam a governar num simulador!
A receita é fácil... para se ser um presidente bem sucedido é preciso construir boas infraestruturas para atrair a população. Quanto mais população, mais dinheiro se recebe dos impostos (e como em SimCity os contribuintes não fogem ao fisco, todos pagam e todos pagam menos). Quanto mais população, mais infraestruturas de qualidade são necessárias. Escolas... universidades... bibliotecas... hospitais... que custam dinheiro.
Mas como o dinheiro não pode vir só dos impostos (senão os Sims fogem todos para a cidade vizinha) é preciso fazer negócios... aproveitamos, então, os recursos naturais da nossa cidade... vendemos água à cidade mais a sul por um bom preço e ela ainda nos recolhe os resíduos orgânicos. Sem poluição (porque investimos em indústrias amigas do ambiente) e sem trânsito (porque sabemos que uma boa rede de transportes públicos é essencial), há até empresas que nos pagam avultadas quantias para se instalarem num recanto do nosso território.
E de dia para dia a população cresce... cada vez mais feliz e cada vez a pagar menos impostos porque as nossas receitas provenientes das exportações (dos nossos recursos naturais) e das rendas de grandes empresas chegam para tudo e aumentam de ano para ano. Sem darmos por isso, já temos dinheiro para construir o aeroporto e a partir daí... o céu é o limite.
Por favor, há alguém que ensine o governo a jogar SimCity?!